segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A EXPEDIÇÃO


23 de Dezembro de 2007. Domingo. O dia havia amanhecido como outro qualquer. Mas, de algum modo, pressentíamos que não seria um dia como outro. Desejávamos alguma coisa. Nossos corpos, ainda dormentes, desejavam caminhar. Do conforto nos nossos lençóis, observamos a janela ensolarada que nos convidava a buscarmos alguma coisa. Saimos em expedição, com poucos preparativos e objetivos não muito definidos. Procurávamos algo, sem saber o quê exatamente. Algo. Algo nos havia tirado de casa para que nos lançássemos na aventura do dia. Sabíamos que havia alguns pontos a serem seguidos no percurso que desenhávamos juntos, ainda que aleatoriamente, lugares a serem visitados, uma vastidão a ser explorada a pé. Sem querer planejar, deixamos que o trajeto nos guiasse, como se vivo. E seguimos em frente, rumos ainda pouco definidos: um lugar a ser atingido, artefatos a serem encontrados. Era o que sabíamos sobre "A Expedição". No caminho, após observações mentais e comentários sobre o percurso, compramos água e comida. Seguimos em frente. Longo trajeto. Mas ainda não entendíamos exatamente o motivo concreto da expedição. Sabíamos que deveríamos seguir, sem voltar. Sempre em frente. Então fomos entendendo mais claramente o que deveríamos fazer. Enfrentamos uma turba convulsiva, procuramos espadas, mantivemos a calma. Havíamos chegado ao destino e recuperado os artefatos. Após horas em caminhada indefinida, tudo havia ficado claro. Então, com a simplicidade que nos pôs em marcha, caminhamos de volta. Estávamos felizes. A Expedição fora um sucesso.

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