quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DESVIO

"Três formas de amar" (Threesome) começa e termina com reflexões valiosas. Qual o verdadeiro significado da palavra "desvio"? Na sua origem etimológica, "sair do caminho". Eis a idéia central deste cultuado filme do anos 90. Escrito e dirigido por Andrew Fleming, "Três formas de amar" narra o encontro de 3 pessoas que, ao se encontrarem, se perdem por completo. Stuart (Stephen Baldwin) gosta de Alex (Lara Flynn Boyle), que gosta de Eddy (Josh Charles), que gosta de Stuart. Esse triângulo amoroso, nascido do mero acaso, constrói uma história cheia de nuances e reviravoltas interessantes. Mas esse não é um filme meramente de temática e conotação sexual (ou homossexual). Isso seria uma forma muito banal e óbvia de interpretá-lo. Para mim, é um filme muito maior que isso. É uma história sobre amor, descoberta, amadurecimento, separação. Um filme sobre a idéia de que nada é para sempre e que as nossas vidas são formadas por lembranças, momentos e encontros efêmeros, que se vão e até se perdem, mas não sem antes nos marcar para sempre. Esse filme é exatamente sobre isso. Um recorte, uma lembrança. Neste caso, "um desvio", numa viagem planejada, que acaba se transformando em seu melhor momento. Ou, pelo menos para Eddy, Alex e Stuart, o mais inesquecível.

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