segunda-feira, 15 de novembro de 2010

AMOR PLATÔNICO

Maria Callas. Não sei bem até que ponto é um mundano amor platônico ou desejo espontâneo de serví-la como quem anseia servir a uma rainha. É um amor respeitoso, de quem observa à distância sem o atrevimento de se aproximar demais. Nós e ela. Diva, máxima, inigualável, incompreendida, insuperável. Beleza transpirada, respirada, consumida numa voz trêmula inconfundível, um rosto de arte, uma alma atormendada. Um pássaro de asas quebradas. Uma semideusa mediterrânea, imperfeita. Eterna.

Nenhum comentário: