terça-feira, 23 de novembro de 2010

AMOR PLATÔNICO

Claire, de "Elizabethtown". Por onde começar para falar de Claire? A cada avião em que embarco fantasio a possibilidade impossível de que ela atenda ao meu voo. Um voo da madrugada, naturalmente. Um red light solitário e silencioso em que ela não consiga evitar me acordar com perguntas impertinentes, mapas de guardanapo e fotografias mentais. Mas ainda assim eu pediria ajuda a Claire para lidar com meus fantasmas e tentaria convencê-la de que ela é tão infinitamente mais especial do que imagina. Claire, difícil de lembrar e impossível de esquecer. Eu a entregaria meu mundo, de olhos fechados, para que ela o mudasse de ponta cabeça. O fracasso, como um sucesso, é só um conceito. Sem dúvidas. Claire, um mapa de som e de fúria, de lágrimas inesperadas e cinzas lançadas em homenagem a um dinossauro ou a uma árvore sobrevivente. Desisti das comédias românticas, Claire. Mas não desisti de você. Do meu microfone imaginário eu te diria, de peito aberto e a plenos pulmões, sem cerimônia: "I like you".

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