sexta-feira, 29 de abril de 2011

AMOR PLATÔNICO

Florence Welch, da 'Florence & the Machine'. Será do meu fraco (raquítico, anêmico) pelas ruivas? Não sei bem explicar o que é. Se o cabelo vermelho, o nariz proeminente, o rosto de bruxa ou essa garganta, esses pulmões (não à toa seu disco se chama 'Lungs') que produz uma voz que, como a da Sade, também não pertence a esse mundo. Porque Florence também é alienígena. Se Sade é de Marte, ela deve ser de Saturno. Florence é um acontecimento, uma explosão contida em cada nota que ela parece gritar e sussurrar em igual proporção. Ela não canta. Transpira, confessa. Ofegante, agressiva e delicada, como fogos de artifício. A paixão por Florence é platônica e resignada, também como a Sade. Florence é informação demais para mim. Mulher demais, cantora demais, bruxa demais. É um veneno estranho, um vermelho estranho, esse de Florence, que seduz e entorpece. Música de ninar, de ouvir com olhos fechados e pés inquietos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pode tirar.