domingo, 8 de maio de 2011

AMOR PLATÔNICO

Zhang Ziyi. A minha primeira-dama de musas orientais. Guerreira, dançarina, fantasma. Zhang Ziyi não anda, flutua. Ela é de outro tempo. Melhor, ela é atemporal. Com seus traços delicados, tem um destes rostos que parecem desenhados, como um ideograma vermelho, perfeito, sobre um pavilhão de seda. Ela é meio vento, meio água, meio pássaro. Meio vidro, meio poeira, meio sombra. Como se pudesse ser levada embora por uma brisa mais forte, ou se romper em milhões de pedaços, como cristal. Ao mesmo tempo, comunica poder, vigor e grandeza, com movimentos contidos, precisos de assassina letal. E assim, Zhang Ziyi também é fogo, rocha, dragão. Uma paixão platônica do outro lado do mundo, do outro lado de uma grande muralha, de onde contemplo-a com grande distância e admiração. Como se a observasse da lua.

Nenhum comentário: