domingo, 19 de janeiro de 2014

O QUE VOCÊ FARIA?

Vez ou outra eu esbarro num filme que mexe comigo. Melhor, vez ou outra eu sou ATROPELADO por um filme; uma história que me paralisa, me revira pelo avesso e eu preciso de minutos para me recuperar. Desta vez, o acidente de trânsito foi causado por "About Time", estrelado por Rachel McAdams (e grande elenco). Até agora estou tentando descobrir a placa. Enquanto isso, continuo aqui, no chão, esperando por socorro. 

Não sei se virá.

Vamos lá. E se você pudesse voltar no tempo, para corrigir os pequenos (e grandes) "erros" da sua vida? O que você faria? O que você faria diferente? E se você tivesse a chance de passar mais alguns minutos com alguém que já se foi? O que você faria? É essa a história de "About Time".

Mas não quero estragar surpresas; esse filme merece que você as tenha sem conhecimento prévio. Assim, fico somente com as linhas gerais que contam a vida de um rapaz que não é nenhum galã de cinema mas que o seu pai define muito bem: "um rapaz gentil, de coração bom, e um dos poucos homens que amo nesse mundo". Aliás, ninguém menos que Bill Nighy interpreta o pai - e de forma apaixonante.

Essa é a história deste rapaz bom que, não fosse uma pequena "qualidade", seria apenas mais um inglês comum, vivendo a sua vida. Mas acontece que ele pode viajar no tempo (para o passado, apenas), como todos os homens da sua família, e descobre que este dom lhe permite corrigir os pequenos erros do dia. Tudo que ele queria que é que isso o ajudasse a arrumar uma garota. Mas ele faz tanto mais.

E tanto, tanto mais...

Em resumo, é uma história sobre amor. Sobre saudade, nostalgia. Sobre o apego desesperado em viver os dias como se fossem os últimos. Essa é uma história absurda, fantástica e que nos conduz com tanta delicadeza pela sua trama surreal que é impossível não mergulhar de cabeça e se perder por completo. E de pensar, a cada segundo, "o que eu faria diferente?". 

Um filme lindo, lindo que chega a doer. Perfeito, do começo ao fim; comovente - desesperadamente comovente. E absolutamente imperdível. Um exercício atordoante, um convite a repensarmos as nossas próprias vidas - e os nossos erros - e a questionarmos o que de fato temos feito dos nossos dias. Antes que seja tarde demais.

É só isso que vou dizer. 

Apenas um conselho: tenha uma caixa de lenços de papel à mão. 
Confie em mim, será necessário.

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